Hoje foi dia de retornar
ao trabalho após quatro meses de licença maternidade...
Parecia até o primeiro
dia de aula no ensino fundamental (vocês se lembram?? Rs), voltar a trabalhar
depois de meses de dedicação quase que exclusiva à minha casa e minha família.
Toda mãe gostaria de ter a
oportunidade de ensinar aos seus filhos todas as coisas boas que sonhamos para
eles. Eu tinha minhas opiniões sobre a
criação dos filhos não ser assim tão influenciada pela ausência da mãe, muitas
delas foram substituídas pelas lições aprendidas com a Laura e o Miguel nestes
quatro meses, outras ficaram fortalecidas pelo exemplo de meus filhos.
Quando eu ganhei a Laura,
tive a sorte de conseguir ficar 06 meses só com ela, naquela época, voltar ao
trabalho foi assustador, primeiro porque ela era minha primeira filha, só
mamava, eu quase que não fiquei longe dela no período da licença inteira
enfim... meu coração eram só caquinhos (rs). Mas no final das contas, todos
sobrevivemos... Menos de três anos depois veio o Miguel, dessa vez, só quatro
meses para me organizar com dois filhos. Mesmo assim, dessa vez eu já estava bem mais experiente
(rs). Com o Miguel eu não tive as mesmas preocupações que tive da primeira vez,
mesmo sendo somente 04 meses me senti muito segura na hora de deixá-los.
Claro que eu sei que ter a
mãe em casa traz inúmeras vantagens para a criação dos filhos (eu posso testemunhar
isso, várias coisas que não conseguimos fazer com a Laura em 02 anos, eu
consegui em 04 meses, como fazer ela parar de chupar o dedo, dormir a noite
toda na cama dela, regular o horário do sono para estar na cama antes das 21h,
etc.). Claro que eu concordo que ninguém melhor para criar os filhos do que os
pais! Mas mesmo com tantos argumentos e tantas pessoas tentando colocar na
nossa cabeça que nada como ser mãe em tempo integral, eu acho que nada é assim
tão cartesiano.
Eu não posso dizer que
voltei a trabalhar só por necessidade (embora pagar as contas seja um excelente
argumento). Eu amo meu trabalho e minha carreira, e eu realmente acredito que
sou uma mãe melhor se for uma pessoa realizada, um ser humano útil e feliz.
O que eu diria para outras
mamães que estão se preparando? - Evite a culpa e tome decisões seguras!
Lembre-se de outras discussões que já tivemos aqui... para ser uma boa mãe,
você precisa estar feliz!
A Bíblia tem muitas
instruções sobre o papel da mulher. Paulo nos dá instruções até demais (rs)
sobre como uma jovem esposa deve ser treinada. Provérbios fala da "mulher
virtuosa". Esta mulher trabalha duro para cuidar de seu lar e manter sua
família em ordem. A motivação dessa
mulher é importante porque suas atividades são um meio para alcançar seu
objetivo final, não um objetivo em si. Eu não acredito que sou menos sábia
porque quero trabalhar fora, acredito que minha obrigação principal, que é um
prazer e uma alegria para mim é garantir um lar amoroso e cuidadoso para meus
filhos e isso inclui ter condições de garantir até a ajuda no sustento deles.
Desde que o Miguel fez
dois meses eu tive a ajuda de uma pessoa que daqui para frente ficará com eles,
assim, ele teve muito tempo para se acostumar com ela. Também tenho que
reconhecer que meu esposo me ajuda muuuuito (algumas das atividades
extracurriculares deles serão assumidas pelo papai). Para amenizar o impacto da distância, eu
exercitei por alguns dias alternados deixá-lo por momentos, minutos ou horas
com outra pessoa. Como também não deixei de estudar, desde o primeiro mês, ele
ficava com o pai e a irmã nas noites em que eu ia para a faculdade. Enfim... dessa vez, tanto eu quanto ele já estávamos
preparados.
Vou até admitir que deu
uma dorzinha quando soube que ele passou o dia bem, nenhum episódio de saudade
rsrs, mas passou quando eu o peguei e
ele abriu a boquinha com um lindo sorriso de reconhecimento... eu soube que ele
vai ficar bem... eu vou ficar bem... todos ficarão bem (rs).
Não! Eu não estou dizendo
que você precisa trabalhar fora para se sentir realizada. Conheço algumas
mamães que defendem fervorosamente a profissão de mãe em tempo integral. O que
estou dizendo, é que as mamães não devem ser julgadas por estarem dispostas a
serem mães, esposas e profissionais. Existe muito de necessidade nesta decisão,
mas também existe muuuuito de auto realização.
Hoje, muitas pessoas me
perguntaram como foi deixar meu Miguelzinho em casa. Não sei bem qual resposta
dar para essa pergunta, mas graças a Deus, meu coração está tranquilo com a
sensação de que não estou fazendo nada de errado.
Eu dou graças a Deus
porque um dia minha mãe abriu mão de uma carreira (ela era professora e foi
inclusive minha professora na quinta série rs) para cuidar de mim e de minhas
irmãs. Sinto muito orgulho dela e com certeza almejo ser para meus filhos uma
mãe tão boa quanto ela é... mas... em outro cenário. Neste cenário atual, eu
trabalho fora, e continuarei fazendo das tripas coração para chegar em casa e
me jogar no chão com os dois rs.
O mais importante... se
você é uma mamãe como eu, e deseja ou precisa retornar ao mercado de trabalho
depois dos filhos, saiba que o primeiro passo é abrir mão de toda a culpa.
Avalie com cuidado sua decisão e se, você decidir que precisa sair, fique
tranquila. Todos vão ficar bem!
Amei, me emocionei com suas palavras, m imaginei passando por tudo isso em dia e se VC resolver escrever um livro eu serei a primeira da fila pra garantir meu exemplar. Bjs Rê, que Deus continue te abençoando muito.
ResponderExcluirAmei, me emocionei com suas palavras, m imaginei passando por tudo isso em dia e se VC resolver escrever um livro eu serei a primeira da fila pra garantir meu exemplar. Bjs Rê, que Deus continue te abençoando muito.
ResponderExcluirTexto inspirador!!!
ResponderExcluirObrigada meninas... continuem acompanhando... bjos
ResponderExcluir