sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Crianças Francesas não fazem manha



Galera, eu prometi que quando acabasse de ler eu ia dizer minha opinião sobre o livro “Crianças Francesas não fazem manha”.

Pra começar, eu confesso que no inicio da leitura eu esperava um manual bem besteirol sobre educação dos filhos (esses livros são um pouquinho chatos não é mesmo?? ), tenho que confessar que só comprei o livro porque fiquei bem curiosa com o título rs. Mas eu estava enganada, então eu super indico a leitura!

O livro na verdade é um relato sobre a experiência da jornalista americana Pamela Druckerman, que se casa com um comentarista esportivo britânico e ambos vão morar em Paris. Pamela engravida da sua primeira filha e começa um longo estudo sobre a cultura francesa para criação dos filhos, e com sua segunda gravidez, e chegada de gêmeos (um choque), ela encontra material suficiente para escrever esse  best seller.

Embora eu tenha ouvido algumas críticas não muito positivas, acho que a decepção vem para quem espera encontrar no livro uma receita para criação de filhos. Definitivamente não é isso. Ela não propõe nada, apenas relata o dilema das diferenças culturais que ela enfrenta ao tentar criar filhos americanos em uma cultura francesa ou filhos franceses sendo ela americana.
Ao longo dos capítulos, encontramos uma leitura divertida, criativa e bem sutil que fala sobre os hábitos de sono, creche, alimentação, educação, casamento (depois dos filhos), autoridade e independência dos filhos, etc.

Na comparação, a autora também não defende integralmente o modelo de educação francesa, ela circula entre técnicas que tenta copiar e outras que ela não adota por diferentes motivos. Também é importante dizer que na minha conclusão... criar filhos na França deva ser realmente mais fácil, afinal, o governo oferece todo tipo de apoio que envolvem creches de alta qualidade, babás pagas, outras opções de cuidado infantil, escolas de nível acadêmico, saúde pública de qualidade, etc. (Assim facilita não é mesmo??)

As mulheres francesas engordam menos durante a gravidez, amamentam menos, são menos paranoicas com o que pode e não pode fazer durante a gestação e a criação de seus filhos, se cuidam mais, estabelecem melhores limites. Enfim (eu também tenho que confessar que comparando as duas culturas, eu me senti mais francesa do que americana rs, cheguei a pensar que Paris tem muito mais a ver comigo rs).

Enfim... mas eu não quero usar esse post para contar sobre o livro (Indico que leiam rs). Quero falar sobre alguns pontos que me chamaram muita atenção. São pontos que eu acredito, serem fundamentais para criar bem os filhos.

1)    Importância de priorizar o convívio familiar. Um dos relatos da Pamela, foi sobre a cultura Francesa que prioriza as refeições em família. O texto é embasado em uma pesquisa da Unicef. Segundo essa pesquisa 90% dos jovens franceses de até 15 anos, fazem a principal refeição do dia, à mesa com os pais várias vezes na semana (Em países como os Estados Unidos e o Reino Unido esse percentual não chega a 67%, e nem vou falar sobre os resultados no Brasil L). Além disso, ainda na infância, as crianças são ensinadas a passarem um tempo produtivo com seus pais (cozinhando por exemplo).

2)    Não se pode ser só mãe. Não se pode deixar de ser mulher, de ser bonita, de ser esposa, de ser adulta, de ter um momento para você... enfim... as mães francesas não podem ser identificadas só pela maternidade, elas trabalham o equilíbrio da vida profissional, conjugal, individual e maternal.

3)    Não se pode viver em função dos filhos. Segundo Pamela, os pais franceses deixam os filhos com as avós ou babás para irem jantar, ir ao cinema ou viajar e fazem tudo isso sem sentir culpa. As crianças são incentivadas a serem independentes e isso, sem dúvida, ajuda bastante no relacionamento dos pais.

4)    Se você deixa seu filho mandar, só cabe a você obedecer! Ser dengoso e até teimoso é algo natural do ser humano, as crianças tem na sua natureza a tendência a lutar pelo atendimento de seus desejos, se você ensina-os que vai ceder a qualquer um deles, não conseguirá voltar atrás depois e convence-los de que é você quem manda.

5)    Tudo pode ser ensinado a uma criança enquanto ela é criança. A hora de dormir, o que comer ou até como se comportar são coisas que você deve ensinar desde cedo aos seus filhos. Nãos e engane, você não poderá convence-los quando grandes se não os ensinou quando eram pequenos.

6)    Não existe mãe perfeita! Como eu já disse antes aqui (Se você ainda não leu, sugiro a leitura do post http://sobresersupermulher.blogspot.com.br/2015/07/se-sentir-cansada-te-leva-se-sentir.html ). Nem vou fazer nenhum outro comentário rs.


Então, eu gostei muito do livro (queria ter lido antes rs), claro que não concordo com muuita coisa da cultura francesa e também não pretendo seguir os padrões americanos na criação dos meus filhos. Bom mesmo, é seguir o modelo bíblico e ensinar nossos filhos no caminho em que devem andar, para que... quando forem grandes, não se desviem dele!

Concluindo... eu indico a leitura do livro sobre essa ótica (não é um manual de instruções). Veja o que vocês gostariam de aproveitar (afinal... nada se cria rs).

#sobresersupermulher

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