terça-feira, 11 de abril de 2017

Como tratar o ciúmes entre irmãos

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Recebi um pedido especial para falar sobre como eu tratei e trato a questão do “ciúmes” entre meus filhos. Achei um tema legal mas quero começar dizendo pra você que não há uma receita padrão para isso. As pessoas são diferentes, cada criança tem seu desenvolvimento e o relacionamento que ela tem com os que estão à sua volta vai determinar a reação que ela terá com a chegada do novo “chefinho”.

Quando eu engravidei do Guel, a Laurinha estava com 02 anos, eu logo fiquei apavorada. Um dos pontos mais assustadores era o temor de que a Laurinha tivesse muito ciúmes do irmão.  Se o ciúmes entre irmãos já existia entre Caim e Abel, o que iria impedir que meus filhos vivessem essa fase?

A primeira coisa a considerar é que a rivalidade entre irmãos pode  acontecer em algum momento, pode ser quando forem pequenos, pode ser quando forem maiores ou até na adolescência, mas isso é uma característica humana e não significa que seus filhos precisam de um terapeuta.

No caso da Laurinha eu a deixei participar de toda a minha gestação, incentivava ela a falar com o irmão e sempre dizia coisas que eles poderiam fazer juntos. Levamos ela em algumas consultas e até deixamos que ela escolhesse coisas para o irmão.

Depois, quando o Miguel nasceu (e ela estava com 02 anos e 09 meses) nós compramos um presente para que ele desse para a irmã, o Guel entregou no dia em que a Laurinha foi nos visitar no hospital, ela ficou encantada (era um cebolinha que ela vinha pedindo há vários meses).

O presente transformou o Guel em um amiguinho para ela, mas claro que, por volta de 15 há 20 dias depois ela começou a perceber que o irmão estava consumindo muito do tempo da casa e iniciou seu projeto “reconquistar”. Passou alguns dias de dengo, não queria conversa comigo nem com o irmão (chegou a rejeitar totalmente que eu a pegasse no colo), e começou a aprontar pequenas “delinquências” que antes não faziam parte de sua rotina de vida.

Imediatamente lá em casa iniciamos um plano de contenção desse comportamento, levando em consideração que entendíamos o momento que ela estava vivendo. A fase não durou quase nada, com pouco tempo ela já considerava o irmã um novo amiguinho.

·         Eu criei o momento da Laurinha com a mamãe, começamos a cozinhar juntas. Eu não sou uma chef, mas toda vez que ia para a cozinha chamava ela para me ajudar e ela ficou apaixonada por isso.

·         Também estabelecemos que, independente da idade, lá em casa as regras são iguais para todos. Ambos tem os mesmos compromissos e responsabilidades assim como consequências.


·         Não há regras ou comportamentos permitidos apenas para um e isso diminui a rivalidade entre eles.

·         Nos policiamos ao máximo com as comparações (confesso que as vezes naturalmente elas aparecem mas tomamos o máximo de cuidado para não faze-las para eles). Eles são muito diferentes e a comparação não ajuda nenhum dos dois.


·         Dividir é importante, mas não permitimos que o Miguel considere como dele os brinquedos da Laura ou vice versa. Eles aprendem a brincar com tudo juntos mas sabem que não tem posse sobre o que é do outro.


·         A justiça lá em casa não se manifesta a favor do que chora mais alto. Tentamos ensinar aos nossos filhos que eles são amados igualmente e, embora tenham limitações diferentes seremos sempre justos com eles.

·         Incentivamos a autonomia e liberdade dos dois (principalmente da Laurinha que já entende melhor isso). Sempre que ela faz algo sozinha nós elogiamos e festejamos, isso ajuda a mostrar que ela precisa menos de nosso suporte para atividades básicas e ela se sente uma mocinha crescida quando percebe isso.

·         Tenho a ajuda constante de amigos e familiares que receberam o Guel e demonstram afeto e amor com os dois da mesma forma.

Hoje, a Laurinha está com 4 anos e 08 meses e o Miguel está com 01 ano e 11 meses. Graças a Deus ela não tem problemas com o irmão, mas ele ainda está em aprendizado (rs). Hoje temos mais dificuldades de lidar com isso com relação ao Miguel, mas usamos uma comunicação aberta com a Laurinha para que ela saiba o porque desse comportamento e como pretendemos tratá-lo aos poucos.

Vira e mexe tem alguma situação dramática para resolver. Por exemplo, o  Guel é um bagunceirinho e a Laurinha odeia quando ele destrói a brincadeira dela, mas de imediato ela me chama para corrigir a atitude e recomeça sem muito drama, ou ele está lá assistindo Bita e os Animais e ela vem com o dedão e muda para o Hi5, logo eu descubro através dos gritos que aconteceu alguma coisa. Enfim... nem tudo são abraços e carícias (rsrs), mas, posso dizer que Graças a Deus eles tem um bom relacionamento que, espero ver perpetuado até a volta de Cristo!

Se você está esperando o segundo ou terceiro filho tenha calma e paciência. Não é uma regra geral que o ciúmes será um problema na sua casa, pode não ser. Tudo vai depender de como você decide tratar todas as situações de conflito que possam existir. Minhas técnicas podem funcionar ou não, minha dica é vá com calma e tente ensinar ao seu filho mais velho como será bom ter mais um membro na família. Não subestime a relação entre irmãos, trate cada situação e não deixe que um pequeno sintoma vire uma grande enfermidade.

Se você já tem mais de um filho e está vivendo essa fase saiba que, independe dos erros que possa ter cometido até hoje, tem conserto!! Há solução!! De fato é mais fácil prevenir que remediar, mas independente da fase que esteja vivendo saiba que basta uma decisão para mudar o rumo dos relacionamentos na sua casa.


Não há uma única resposta para a pergunta central desse post. O relacionamento entre irmãos é um desafio, e como tudo na relação humana, é complexo, é diário e continuado, cada dia você ajuda a construir a amizade e o relacionamento familiar. 

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