Hoje eu tive a oportunidade de ter um diálogo com uma
amiga a respeito da maternidade e, durante nossa conversa, ela manifestou a
decisão de ter apenas um filho, com autorização da mesma, resolvi emitir a
minha singela opinião... mamães... NÃO FAÇAM ISSO!
Como muitos sabem, minha primeira gravidez (Da
Laurinha) foi super sonhada. Não dá nem para dizer que ela foi totalmente
planejada porque ela demorou 02 longos anos de tentativas, (quando aconteceu acho
que nem esperávamos rs). Como não poderia deixar de ser, a Laurinha recebeu
todos os mimos e preparos de uma boa mãe de primeira viagem. Eu e o Rubem já
tínhamos 04 anos de casados quando ela nasceu e tornamos nossa pequena o foco
de quase tudo na nossa vida.
Enfim, tudo ia muito bem e não planejávamos outro
bebe. Nosso discurso era o mesmo que o
da maioria dos casais que tem filhos únicos; está muito cedo, a economia não
ajuda, filho é muito gasto, não temos muito tempo agora, daqui há uns 3 anos,
etc...etc...etc... um belo e ensolarado dia, eu descubro que estava grávida (
:O ) Só posso dizer: que susto!
Eu pensei que aquele não era o momento ideal, mas
depois, eu me lembrei da minha própria história e de como minha infância, adolescência
e vida adulta foram influenciados e beneficiados pela vida dos meus irmãos. Se
eu mesma achava ter tido meus irmãos uma grande benção, porque não proporcionar
essa mesma experiência para minha filha (embora não na mesma proporção rs).
Hoje, eu com certeza afirmo que foi a melhor coisa
que poderia acontecer. Vejo o carinho que a Laurinha dedica ao Miguel e vejo as
lições que ela quer ensinar a ele, me sinto orgulhosa de poder dizer que eu
gerei um núcleo familiar no qual eu acredito, e agradeço demais a Deus por isso
(porque eu sei que tudo isso foi permissão e vontade de Deus antes de ser
minha).
Na minha conversa de hoje, tentei argumentar que, são
de fato os irmãos que ensinam, na prática quase tudo o que aprendemos... A
convivência é uma oportunidade para tentar, errar, acertar, testar, aprender, admirar e a amar. Eles nos ensinam a ganhar, a perder, a
dividir, ensinam a compartilhar e a interagir. É com os irmãos que se aprende
a viver em sociedade, se aprende a
interagir a administrar as relações (mesmo as mais conflituosas). Quem tem um
irmão ou irmã sabe bem o que é uma relação de "amor e ódio" e, embora
eu pudesse fazer isso (porque existem muitos estudos a respeito), não preciso
embasar meu post em nenhuma pesquisa para provar o quanto um irmão significa na
vida das pessoas. Vou embasar essa argumentação apenas na minha história.
Eu tenho três irmãos, e cada um deles me ensinou coisas
para fazer e coisas para não fazer (rs).
A Aline (a caçula), afirma que eu aprendi com ela a
ser uma bullying, e, embora eu tenha que admitir que não foi fácil para nenhuma
das duas, ela é muito especial para mim. Ela me ensinou sobre compreensão das
diferenças, sem contar que ela é a mais parecida comigo em todos os sentidos
então, quando me esculhamba não faz mais nada além de se descrever (rsrsrsrs).
Como uma boa caçula, ela foi a que me deu (e as vezes me dá) mais trabalho. No final
as contas, eu vi ela crescer e me copiar em algumas coisas ao mesmo tempo que
buscava sua própria identidade, hoje ela me inspira na criação dos meus filhos
(e sempre tem uma psicologia para tudo rs). Tem muitas coisas que quero que ela
ensine também aos meus filhos.
A Jack é a mais diferente, ela sempre teve sua própria
identidade. Com ela, eu aprendi a capacidade de ser independente e relex (até
hoje ela não parece perder o sono em razão da opinião dos outros), essa
capacidade de abstrair eu com certeza aprendi com ela. Tivemos a oportunidade
de crescer juntas (fizemos até uma promessa não cumprida de entrarmos juntas na
igreja para o casamento, ao som de Kenny G), fomos parceiras inseparáveis até o
final da adolescência e ela, me ensinou um mundo de coisas.
O Júnior, embora mais velho, é com quem eu menos
convivi (infelizmente), mas ele me ensinou nada mais, nada menos, do que o que
era resiliência. Com uma história (que dava um curta metragem), ele foi capaz
de começar de novo e hoje é um exemplo importante para mim.
Claro que, neste post eu não poderia contar muitos
exemplos, nem relacionar todas as lições, não daria. O que quero dizer é que, a
convivência com eles me proporcionou as lições mais importantes a serem
aprendidas.
Os irmãos não são escolhidos, como os amigos. São as
pessoas com quem você divide a casa, os pais e a vida, porque eles, serão seus parceiros
para sempre.
Eu tenho muitos outros exemplos a minha volta de
irmãos que se cuidam e se amam incondicionalmente, que se respeitam e mantém
uma relação de amizade que vai além do sangue, mas foi construída no DNA. Essas
histórias só ratificam meu argumento. Ter irmãos é um privilégio que não
podemos negar aos nossos filhos.
Hoje eu tenho o núcleo familiar que evidência meu
pensamento a respeito (Não é bom ter
filhos únicos). Claro que como pais,
temos que reconhecer que há os desafios, vai ser duro ver as discussões, ouvir
os gritos, aguentar o ciúmes, apartar as brigas, mas a recompensa existe, para
você e para eles.
Eu não estou dizendo que acredito no estereótipo de
que filhos únicos são solitários e egocêntricos, pelo contrário, estudos
destacam que filhos únicos criados de forma equilibrada e sem excessos crescem
sem problemas de convivência. Apenas acredito nas vantagens e benefícios que um
núcleo familiar composto por irmãos pode trazer. Eu vivi isso na minha casa e
agora, tenho a oportunidade de viver isso com meus filhos.
Estou tentando ensinar a Laurinha e o Miguel a serem
amigos, espero que eles possam ser um para o outro o que meus irmãos são para mim.
Se eu pudesse dar um conselho aos pais de filhos
únicos, diria: “Pensem bem!”, minha sugestão é mais do que a procriação, é a
criação de uma relação que vai influenciar a vida deles e a sua vida! De a sua família
essa oportunidade de jantares de natal cheio de primos, sobrinhos, tios,
irmãos...
Não se preocupe demais com detalhes que podem atrasar
sua vida, lembre-se de que para ser super mulher, você precisa pensar não só em
você, este é o mistério. Este é o meu estudo: A MINHA VIDA! E ele comprova que ter irmãos faz muito bem para a vida!
Espero que você possa refletir a respeito.
Fica a dica.